Espaço aberto a publicações também de leitores.

A Távola redonda, ao redor da qual os cavaleiros do Rei Arthur se reuniam, foi criada com este formato para que não tivesse cabeceira, representando a igualdade de todos os membros.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Escravidão amoral

O machismo não prejudica apenas mulheres, aprisiona e direciona ações e desejos: "seja homem!", "homem não chora", "tem que pegar qualquer uma, vai negar fogo? você é o fresco?".
Viramos reféns do sexismo, machismo e hétero normatividade que rege essa sociedade patriarcal. Qualquer coisa que fuja a normalidade é repudiado e fazemos de tudo para mante-la(nem que seja a aparência), principalmente mentir, com medo de sanção tácita.
Escondemos quem somos e sentimos na realidade, independente de sexualidade ou gênero, somos iguais e também temos direito de expressar os sentimentos da forma que acharmos melhor e não como a sociedade quer que nos comportemos. 
Por se acostumar com a escravidão moral, nem percebemos, mas é só alguém mencionar num ambiente confiável e sem preconceitos que a verdade vem à tona, ao menos na cabeça de quem passa por isso.

http://revistaforum.com.br/blog/2013/11/contra-a-violencia-fisica-e-simbolica-as-mulheres/

sábado, 23 de novembro de 2013

O coitadismo de quem tem complexo de vira lata

No Brasil há um complexo de inferioridade perante outros países, isso faz com que nos diminuamos constantemente, tratando estrangeiros como seres superiores, esse sentimento reflete-se em tudo: Artes, produtos, turismo, esporte, tudo vindo de outro país é melhor que qualquer coisa brasileira.
Esse complexo de vira lata relega ao brasileiro uma posição natural na sarjeta, se acostumando a isso de uma forma tal que nem perceba seu verdadeiro potencial.
Aqui valoriza-se bastante pobres que vencem na vida, atribuindo a eles qualidades naturais, dignas de admiração constante como se essas fossem as suas únicas qualidades e como se só pobres tivessem a capacidade de superação.



Quando isso acontece, acende no peito do povo uma fagulha de esperança, de que seja contagioso e que todas as pessoas superem seus limites e vençam na vida de uma forma extraordinária.
Se isso acontecesse, a mão de obra acabaria, os subempregos seriam abandonados e todo mundo seria altamente qualificado, haveria excesso de funcionários em áreas muito complexas e nas mais simples, que quase sempre servem de pilar para funcionamento das empresas, ficariam com oferta baixa, o que levaria a uma equiparação de salários, profissões como médicos seriam desvalorizadas e serventes seriam super valorizadas e bem remuneradas, todos estariam no mesmo patamar.
O sistema capitalista vigente no país não quer isso, a mídia não quer isso, governantes e empresários temem e o que fazem é tornar público poucos casos de superação controlados, para manter a chama acesa, mas não dão condições para que todo mundo tenha pelo menos a chance de vencer na vida. Um simples investimento em educação e uma reforma no sistema educacional os amedrontaria.
Mas isso na realidade se resume no medo deles verem seus filhos estudando na mesma escola que o filho negro de um motorista, a ideologia da classe média alta não tem nervos para aguentar um trauma desses.
O coitadismo serve para que as pessoas se alimentem de esperança, é disso que o brasileiro mais gosta, existe isso na mídia, nas igrejas, em todo lugar, o maior exemplo disso é que aqui se elege pela história de vida, até filme fazem, vencem reality shows quem é mais pobre, porque acham que merece mais, enchem a boca pra dizer: "Sou pobre, mas sou honesto", como se isso fosse excepcional, um pobre honesto. 
Existem pobres e ricos honestos e desonestos, mas aqui confundi-se auto humilhação e baixa auto estima com humildade independentemente de classe social. 
A meritocracia é manipulada(maior exemplo são pastores e grileiros que usam artifícios, digamos desonestos, para enriquecer) e dá a falsa sensação de que qualquer um pode chegar lá. As oportunidades ainda não são equiparadas, mas como qualquer bom brasileiro que se preze, me alimento de esperança.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

"Até quando?"

Vendo a forma como os políticos tratam a realidade em detrimento da teorização conveniente, o direito constitucional deveria se chamar: "Direito prostitucional". Tendo isso em vista o Projeto de Lei 4.211 , de 2012 que regulamenta a profissão das profissionais do sexo, beneficiaria diretamente tais governantes negligentes, devendo ser posta em regime de urgência  afinal isto lhes convém e a seus cafetões, os empresários. O infortúnio é comparar as trabalhadoras a larápios, colocando-os no mesmo patamar. 


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Apenas mais um mecanismo de dominação

A alienação atinge as pessoas na base, o problema educacional auxilia governos e religião a séculos, massifica, enfraquece e deixa as pessoas dependentes de algo externo para se sentirem bem consigo mesmas, seguras dentro de sua zona de conforto.



O governo deixa a violência propagar-se não por acaso, a religião põe medo na mente das pessoas, não à toa. Não é coincidência essa forma de agir, dessa forma o povo não aprende que só precisa de si para estar bem e feliz, nem que deve sair as ruas pra protestar por melhorias sociais, porquê as ruas são violentas em demasia.





Muita gente ainda confunde Deus com religião e religião com igreja, mais especificamente a Cristã. No Brasil, não sabendo que toda simbologia, nomenclatura e estórias foram herdadas(pra não dizer copiadas), de outras pré existentes, fatos escondidos do conhecimento comum. A maior sacada da igreja foi criar o dogma, nada pode ser contestado, o que vier de fora dizendo o que não seja de consentimento deles é pagão, um mecanismo de auto defesa prévio, uma espécie de "habeas mente preventivo" da bíblia.


A religião era uma forma que a humanidade tinha para explicar fenômenos que não sabia explicar, até a ciência ajudar; o governo viu aí, uma oportunidade de domar o povo, agarrou a chance e não largou mais o osso, usa a religião para alienar e manter as pessoas conformadas, sendo o estado teocrático (diretamente), ou não (indiretamente).

Os governantes tratam o povo como cachorrinhos que precisam de carinho, alimentação e segurança, a religião é uma ferramenta pra cumprir os objetivos.

Opinião de Saramago a respeito do Deus cristão: (http://www.youtube.com/watch?v=zXlDtKlAo8Q).

Série de vídeos que mostra de onde vêm cada recorte da crença cristã: (http://www.youtube.com/watch?v=ZKDt_3C-Qps).

http://noticias.terra.com.br/ciencia/pesquisa/historiador-jesus-nao-existiu-e-cristianismo-tem-sido-uma-catastrofe,6b39f4113ccc1410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Mais uma vez o falso moralismo impera

É inegável a influência e presença de substâncias entorpecentes na humanidade, seja para uso medicinal (estudos mostram que além do Glaucoma, Parkinson e Alzheimer podem ser tratados com maconha), ou mesmo fugir á realidade.

Falando mais especificamente da cannabis, os fatos nos mostram que existem drogas mais nocivas e potentes que ela. Malefícios, como morte, mudança comportamentais, doenças, estão aí pra provar isso.



De tempos em tempos um “bode expiatório” é escolhido. A maconha, última sorteada  a ser usada como símbolo de luta contra as drogas, em nossa sociedade falsa moralista, é apenas a 11° em danos causados no corpo e apenas em longo prazo é irreversível, mas não catastrófica quiçá causadora de morte, dado da Organização mundial da saúde (OMS), ficando atrás dos lícitos, álcool (5°) e tabaco (9°).

A onda de desinformação intensificou-se-se quando os EUA marginalizou usuários,  proibindo consumo e comércio da planta, usando isso como desculpa para financiar uma campanha incansável de guerra contra a substância. Espalhando-se mentiras, como por exemplo, que a droga matava em menos de três dias, apenas como pretexto para prender seus maiores usuários hispânicos e negros, atolando presídios em decorrência dessa limpeza étnica e afugentando imigrantes. Coisa parecida ocorreu no Brasil com os negros recém saídos da escravidão.

Outros países seguiram o mesmo caminho, provavelmente não por racismo, e sim por não ser formador de opinião, ou por simplesmente ser capacho do tio Sam. Quem saberá?

Se é inconveniente falar no assunto, imagina defender a planta em detrimento de outros entorpecentes lícitos? Deixar as pessoas seguir sua vida como bem quiserem não é tão simples.



Na contra mão dessa tomada de decisão precipitada, países como, Holanda, França, Uruguai e após 2002 alguns estados americanos, escolheram a descriminalização ou até legalização, para tentar combater, ou ao menos caminhar lado a lado e lucrar com a convivência racional. Provaram, ainda, que o consumo diminuiu após a medida e a geração de empregos e impostos cobrados beneficia a sociedade, trariam até lucros.

O apoio psicológico oferecido pelo Estado para usuários com abstinência (sintoma não apresentado por usuários de maconha), faz com que a reinserção na sociedade torne o cidadão humano novamente, não mais tratando usuários como criminosos.

Certamente o Brasil não está pronto para a legalização. A mentalidade retrógrada impede tal avanço, mas sonhar com uma descriminalização para usuários e uso medicinal nas próximas décadas não seria um sonho distante.

Não sou usuário de droga alguma, lícita ou ilícita, até remédios de farmácia me intrigam. O mundo carece de bom senso. A falta deste é que atrasa avanços notórios para a humanidade. Há a esperança deste tipo de pensamento, do medievo, ser cíclico e ao superar isso, passe a ser acíclico. Isso faria com que recursos usados na inútil guerra ás drogas (já que só arma traficantes) às drogas fossem utilizados para o combate a drogas mais perigosas. 

http://vidanovasemdrogas.com.br/principal/noticia.php?i=57
http://www.wgiro.com/noticias/social/maconha+fica+atras+de+alcool+e+cigarro+em+danos+causados+ao+corpo-517
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/10/origem-proibicao-maconha.html
http://maconhamedicinal.blogspot.com.br/2013/08/maconha-pode-reverter-sintomas-do-mal.html
http://universoracionalista.org/podemos-morrer-por-overdose-de-maconha/

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Falta de bom senso é moda

Século vinte e um e ainda nos deparamos com situações em que pessoas rejeitam outras apenas por nascerem diferentes. Falando mais especificamente de homossexuais, há quem ainda diga: “respeito eles, mas não concordo com suas práticas”. 



Pois há uma coisa que essas pessoas precisam saber: ninguém precisa da aprovação deles pra viver suas vidas, apenas deixem os outros viverem em paz, não é porque você tem medo de ver dois gays se beijando, pasmem que esses que vomitam tais asneiras adoram ver duas lésbicas nuas se beijando e acariciando, que deveriam proibir a felicidade dos outros. Assim como a heterossexualidade se manifesta na puberdade, a homossexualidade também aflora da mesma forma nesta época.

O que será que incomoda tanto uma pessoa saber que existem gays? Medo de descobrir um desejo adormecido? Essa insegurança soa meio gay, vai ver tal medo tenha fundamento, por isso a homofobia. Afastar as suspeitas do tal indivíduo, já que ninguém acusaria o preconceituoso, afinal como ele pode ser o que ele odeia?




Sem entrar em mérito, ou demérito, religioso, tendo em vista que o fundamentalismo inconsequente piora cada vez mais a situação, o machismo contribui para que mais pessoas sejam intolerantes, já que crescemos com uma ideia de que homem não pode chorar, quem dirá amar e expressar da forma que quer seu amor. Bonito mesmo é fingir ser hétero pra agradar a sociedade e formar famílias na base da mentira.






Bonito é um "hétero" trair, enganar e tratar mulheres feito lixo, sendo isso, mais certo que um gay viver sua vida feliz ao lado de quem gosta. Ou, ao menos livre, sendo quem é, ao lado de quem o aceite em qualquer espectro de sua sexualidade na escala Kinsey.

Bonito é negar o direito de pessoas que só querem viver suas vidas em paz adotando um filho - abandonado por casais héteros - e sacramentar o destino de milhares de crianças a ruas, privando-lhes de um lar e uma possibilidade de educação, marginalizando e renegando uma vida digna, para mais tarde atentar contra os filhos de quem é contra formação de famílias por puro preconceito e atentar também contra inocentes.

Bonito é não ter o bom senso de seguir seu caminho e interferir constantemente nas vidas e decisões de outras pessoas. Abram o olho, evoluam, um dia ainda seremos uma nação progressista.




Não é por medo de que seu filho veja dois gays se beijando que deve-se negar direitos a outras pessoas. Crianças vêem seus pais e até outros adultos fazendo isso o tempo inteiro, inclusive na televisão e nem por isso, todas que crescem convivendo com o hábito revelam-se héteros.

Esconder e fingir que não existe não faz com que aquilo suma, só faz do seu filho um ignorante e analfabeto social. 

Quebrar esse tabu e explicar como o mundo é, só vai fazer com que ele tenha conhecimento e saiba lidar com situações futuras.

Não é porque alguém defende os direitos uma minoria social, que aquela pessoa pertence a determinada classe, só quer dizer que existe bom senso, afinal abolicionistas conseguiram melhorar a sociedade sem mudar a pigmentação de sua pele. 


http://www.wgiro.com/noticias/social/o+caminho+da+paz++bonito+um+hetero+trair+enganar+e+tratar+mulheres+feito+lixo-539
Figura: http://merece1tirinha.com.br/hoje-e-o-dia-internacional-contra-a-homofobia-merece-1-tirinha/