Quanto tempo não escrevo por aqui, nem me lembro mais do
ultimo pôster, na verdade depois da universidade pouco sobra tempo para
escrever algo que não esteja no contexto do curso, por falar em Universidade,
esse pôster vai ser dedicado ao grupo de estudos que participo, grupo que trata
uma questão muito importante, a Inclusão do Idoso em sala de aula, nesse grupo
oferecemos oficinas de formação continuada para professores que trabalham com
esse público, além de elaborar jogos e técnicas que abarquem o tema.
Estimativas para os próximos 20 anos
indicam que a população idosa poderá exceder 30 milhões de pessoas ao final
deste período, chegando a representar quase 13% da população total, dados do
censo de 2010, com isso políticas públicas para a inclusão do idoso e a
produção do mesmo é de fundamental importância para uma melhor qualidade de
vida, maior longevidade na produção e para manter esse idoso ativo, sabemos que
manter o cérebro em movimento prolonga o bem estar mental dessa pessoa, além
poder propicia mais estímulos para a vida, através de nossos estudos
constatamos que existe uma relação inversamente proporcional entre a
prevalência de demência e a escolaridade. Feita uma pesquisa em instituições de
longa permanência na cidade de João Pessoa, foi constatado que 100% dos idosos
que apresentavam alguma demência eram analfabetos, enquanto outros idosos que
eram alfabetizados e tinha um certo nível de estudos ainda preservavam a memória
e a saúde mental, isso corrobora com estudos que apontam que o risco de
prevalência de demência e a escolaridade é quase quatro vezes maior para os
analfabetos.
Nunca
é tarde para aprender, nós temos essa capacidade até o final de nossas vidas,
acontece que com o passar dos anos, assim como tudo em nosso corpo se desgasta
nossos neurônios também, com isso a capacidade de aprender diminui, mas não se
extingui, o importante é a pessoa que trabalha com essa pessoa idosa ser
conhecedor de algumas dificuldades normais encontradas por essa faixa etária, e
encontrar mecanismo para que o idoso possa vencer essas dificuldades, tornando
mentalmente ativo, preservando sua memória e consequentemente sua saúde. uma
dica é contextualizar a alfabetização com o dia dia da pessoa idosa, procurar
ensinar utilidades para o seu cotidiano, como por exemplo, nomes de ônibus,
como usar caixa eletrônicos, entre vários outros problemas comuns a muitos
idosos analfabetos, atraído assim o seu interesse o que vai facilitar na sua
aprendizagem.
Em breve nosso grupo estará lançando
um livro voltado para a inclusão da pessoa idosa no contexto escolar, uma
espécie de manual para professores, educadores ou qualquer pessoa que se
interesse pelo tema, quando isso acontecer trará aqui no blog algumas partes
desse manual. Se alguém tiver interesse de trocar ideia sobre o assunto é só me
contatar. Abraço a todos e até a próxima postagem.
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