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terça-feira, 15 de outubro de 2013

Povo marcado, povo feliz

Do governo passado pra esse, dizem que a classe média aumentou, que o poder aquisitivo do povo é maior, que nossa economia está crescendo (nunca chegamos lá), "tudo está de vento em popa", mas o dólar se valorizou em relação ao real do patamar de 1,70 a 2,17 (final de 2011 até agora, final de 2013).
  
Exportamos muito, por isso uma política de desvalorização de nossa moeda (para ganharmos, vendendo mais caro), mas esquecemos que exportamos basicamente produtos primários e importamos muito mais, produtos acabados (terminamos comprando mais caro também); Por não nos desenvolvermos tecnologicamente a ponto de termos tantas empresas competitivas internacionalmente, o povo tem que pagar a diferença. Essa mania do governo enganar tapando o sol com a peneira, deixa rastros e rombos.

Resumindo, vendemos mais caro e compramos mais caro ainda, pelo fato do valor ser agregado a outros serviços no meio do caminho.

Quando o produto volta o mau negócio fica evidente, por exemplo, vendemos petróleo pelo preço do produto e da logística; compramos gasolina, pelo preço do produto, da marca, da usabilidade, da logística, da tecnologia e profissionais mais especializados, o serviço agrega mais valor. É como vender a laranja e comprar o suco industrializado.

Não da mais pra justificar essa queda do real com um argumento tão fraco, há outras variáveis, mas no bruto é isso. Não da pra ficar perfeito por conta justamente dessas variáveis, mas daria pelo menos pra tentar melhorar. Maquiar não adianta, isso é reflexo da preguiça que o jeitinho brasileiro sustenta.

Investimento em setores primordiais para o desenvolvimento faria com que o crescimento desordenado fosse freado e a valorização de nossa moeda valesse a pena por comprarmos barato e vendermos mais caro(o contrário do que acontece hoje), essa política de investir em quantidade vendendo a granel e esquecer a qualidade já não da mais.

A falsa sensação de que a ditadura capitalista mascarada de felicidade material superficial não pode mais justificar esse contentamento com tão pouco progresso que a sociedade conseguiu.

Políticos governam em favor de empresários, o povo é mera mão de obra pra um cartel e é bombardeado constantemente pela mídia medíocre e educação precária, deixando o problema maior fora de foco, a corrupção. 

O Brasil ainda é o país da mão de obra barata e desqualificada que fornece carne para o matadouro.  O "gado" não pode deixar de ser fornecido ao truste que governa a nação.

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